Ministro da Saúde apresenta projetos para o setor a empresários

Propostas para reorganizar o sistema de saúde, novos formatos de programa e ação integrada em hospitais federais foram temas abordados por Mandetta, em encontro com mais de 300 empresários

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou nesta segunda-feira (11/03), em São Paulo (SP), de um almoço-debate, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais – LIDE. Sob o tema “Projeto de Saúde para um novo Brasil”, Mandetta apresentou para uma plateia de empresários do setor as ações que pretende implementar para aprimorar a saúde pública brasileira. Dentre os assuntos abordados em seu discurso estão a informatização do sistema, a reestruturação da Atenção Primária, a regionalização da saúde, o aprimoramento do programa Mais Médicos e a ação integrada nos hospitais federais para promoção de melhorias de gestão e, consequentemente, da qualidade do atendimento prestado à população.

Durante o encontro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, compartilhou a proposta de reorganizar o mapa da saúde por meio do agrupamento de todos os municípios brasileiros em distritos sanitários, obedecendo usos e costumem já existentes nessas regiões. “O que queremos é construir regiões a partir de parâmetros do que falta e do que é preciso avançar nesses locais. Se tivermos, por exemplo, 500 distritos sanitários com 400 mil pessoas, é mais fácil enxergar nesse universo quais são os equipamentos, quantos hospitais e quantos leitos de UTI são necessários para atender toda essa comunidade, com maior resolutividade”, disse. Na avaliação do ministro, este será o ponto de partida da reorganização da Atenção Primária brasileira.

Nos próximos dias, inclusive, deverá ser criada, no âmbito do Ministério da Saúde, a Secretária Nacional de Atenção Básica para dar a devida atenção a esta área. Neste nível de atenção é possível resolver até 80% dos problemas de saúde da população, com ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.

Sobre o Mais Médicos, Mandetta destacou que a pasta federal estuda um novo formato que irá priorizar as cidades mais necessitadas e distantes dos grandes centros. “A prioridade do Governo Federal será em garantir a presença nos chamados vazios sanitários, nesses locais é aonde vamos fazer o nosso olhar mais atento. Vamos colocar médico em cidades que têm dificuldade de suprir esse profissional”, ressaltou.

Mandetta falou, também, sobre as ações já realizadas nos hospitais federais. Em janeiro, o Governo Federal lançou a ação integrada nos hospitais federais para qualificar os serviços nas unidades que estão sob responsabilidade da União, tornando-os mais ágeis, acessíveis e alinhados aos padrões de qualidade e segurança dos pacientes. “Eu não posso começar cobrando de hospitais estaduais, filantrópicos ou municipais sem olhar os próprios hospitais que são de responsabilidade do governo federal”, apontou.

O aperfeiçoamento do uso de tecnologia da informação e a implantação do prontuário eletrônico também foram destaques durante a fala do ministro. “Para nós, no Ministério da Saúde, precisamos que a informação do nosso paciente ribeirinho sendo atendido em uma Unidade Básica de Saúde Fluvial, no meio da Amazônia, esteja no prontuário dele com a mesma presteza e segurança do que na Avenida Paulista, em São Paulo”, disse Mandeta. A partir da melhoria do acesso a informações é possível planejar melhor as políticas de saúde e construir uma gestão baseada em indicadores de resultados.

Por fim, em relação ao financiamento da saúde, o ministro avaliou que a discussão deve ser feita no Congresso Nacional. “A política de saúde é uma das que têm a maior demanda da sociedade brasileira e que precisa de definição de recursos que serão necessários para a sua realização. O fato de ter verbas vinculadas, não foi suficiente para que a União, com o tempo, fosse diminuindo o seu percentual de participação no financiamento da saúde. A saúde é um setor extremamente participativo e nós saberemos acompanhar todos os parlamentares para mostrar pra eles a importância dos recursos em saúde”, completou.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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