SVS discute fortalecimento da vigilância da hanseníase

Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação se reuniu nos dias 14 e 15 de março com as sociedades científicas para discutir caminhos para o fortalecimento da vigilância da doença no Brasil

Nesse evento, a Sociedade Brasileira de Hanseníase, Dermatologia, Infectologia, Neurologia, Psicologia, Associação Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Associação de Fisioterapia do Brasil, além da Pastoral da Criança, se reuniram pela primeira vez com o Ministério da Saúde para propor ações para estabelecer e fortalecer parcerias para o enfrentamento da hanseníase. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) também participou da reunião, representada por Isabelle Roger, assim como Nereu Mansano, assessor técnico do Conselho de Secretários de Saúde (CONASS), que declarou não medir esforços para intensificar o diálogo com os estados na luta contra a doença. O diretor substituto do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT), Ricardo Gadelha, destacou na abertura do evento: “É muito importante que estejamos trabalhando em parceria para o aprimoramento das ações de vigilância e a eliminação de doenças como a hanseníase no Brasil. Esse trabalho é conjunto”, afirmou.

Em 2016, do total de 214.783 casos novos reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registrou 25.218 (11,7%) casos novos, ocupando a segunda posição no mundo. O primeiro lugar é da Índia, com registro de 135.485 (63%) casos novos da doença, de acordo com o Boletim Epidemiológico Mundial, publicado em setembro de 2017 pela OMS.  A hanseníase quando diagnosticada precocemente pode minimizar a possibilidade de comprometimento físico que impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença, além disso, promove a interrupção da cadeia de transmissão. Entretanto, o estigma que a permeia dificulta a procura pelo diagnóstico e tratamento, disponível no Sistema Único de Saúde. Segundo Carmelita Ribeiro Filha, coordenadora geral da CGHDE, “a doença está relacionada a condições sociais e econômicas desfavoráveis, bem como a dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde pelas populações mais vulneráveis, o que prejudica a detecção precoce da doença. Além do mais, observa-se a falta de conhecimento da população em geral sobre os sinais e sintomas da hanseníase. Diante desse cenário, tornam-se imprescindíveis ações estratégicas para garantir o atendimento integral e minimizar o sofrimento das pessoas acometidas pela hanseníase. As discussões favorecem aprimoramento dos trabalhos”, destaca.

As ações propostas pelas sociedades servirão de base para novos rumos da vigilância de hanseníase em longo prazo tanto para a Secretaria de Vigilância em Saúde quando para as sociedades presentes. Entre as propostas definidas estão o fomento da informação e comunicação para população objetivando o fim do estigma e do preconceito, educação permanente profissional, atenção integral (em diagnóstico, tratamento, monitoramento de áreas), pesquisa e programas sobre incapacidades físicas em menores de 15 anos, faixa etária muito afetada. “Saímos daqui animados com sentimento de união e comprometimento”, declarou Stella Almeida, da Sociedade de Fisioterapia do Brasil, em agradecimento ao convite para essa nova fase de enfrentamento da hanseníase.

Fonte: Ministério da Saúde

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