UEPB cria tratamento de câncer de mama com fotodinâmica

O uso de nanopartículas lipídicas associado a terapia fotodinâmica como tratamento alternativo para o câncer de mama está sendo investigado por um grupo de pesquisadores da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba). Esse tipo de tratamento tem como efeito farmacológico conseguir minimizar os danos do tratamento cancerígeno, já que o recurso terapêutico usual acaba também atingindo células não-cancerígenas, o que provoca várias reações colaterais nos pacientes.

Segundo explicou o professor do PPGFC da UEPB, João Augusto Oshiro Júnior, essa pesquisa tem um forte impacto de inovação por desenvolver suas aplicações em áreas estratégicas, como Farmácia, Química, Engenharia de Materiais e Biologia. Ele também explicou que a terapia fotodinâmica foi aprovada para uma série de indicações clínicas, como câncer de pulmão, esôfago, endobrônquico e de células de Barret, e que os estudos para o tratamento do câncer de mama apresentou, em vários estudos, resultados promissores para controlar a taxa de recorrência.

“Diferentemente das terapias convencionais para câncer, a fotodinâmica é uma modalidade de terapia minimamente invasiva, com efeitos colaterais mínimos, e isso pode ser repetido sem toxicidade limitante da dose ou resistência induzível, resultando em pouca ou nenhuma cicatriz. Geralmente, ela pode ser administrada em regime ambulatorial e não é contraindicada em outras modalidades de terapia. Conseguimos desenvolver nanopartículas seletivas para as células cancerígenas, evitando atingir as células sadias”, explica professor João Oshiro.

A pesquisa acontece em parceria com a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a Ulster University (Irlanda do Norte). Após um ano e meio de trabalho, um grupo de 10 pesquisadores, incluindo um professor e uma aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêutica (PPGFC) da UEPB, conseguiu publicar um artigo, no final do mês de novembro, na Revista Materials Science and Engineering C, que tem fator de impacto 4,959, o que equivale a classificação A1 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Para conhecer a pesquisa e conferir os dados de experimentos feitos em culturas de células tumorais, basta acessar o link do artigo publicado na Revista Materials Science and Engineering  (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0928493119325664).

Fonte: Fato a Fato

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