Alta no varejo em maio ainda não garante retomada

Os dados da pesquisa mensal do IBGE sobre o desempenho do setor varejista brasileiro em maio mostraram uma recuperação das vendas no país, após o período de isolamento social mais rigoroso, em abril. Para Guilherme Almeida, economista da Fecomércio-MG, ainda é cedo, entretanto, para se falar em uma recuperação sólida da economia. “O aumento foi noticiado e divulgado com muito otimismo, mas temos que ter cautela”, alerta. Os números apontaram uma elevação nas vendas naquele mês de 13,9% em âmbito nacional e 17,1% em Minas Gerais, na comparação com abril.

O especialista observa, porém, que no acumulado de 12 meses os resultados ainda são negativos: retração de 3,9% nas vendas nacionais e de 3,2% no Estado. “São muitos os desafios a serem enfrentados. Há diversos fatores que dificultam uma retomada consistente. Os números revelam que muitas empresas faliram, o desemprego aumentou consideravelmente, a renda se encontra achatada e o mercado de crédito ainda se mostra ineficiente do ponto de vista de captação”, lamenta Guilherme.

Essencialidade dá fôlego às farmácias

A pesquisa mostrou também que os segmentos considerados essenciais pelos decretos estaduais e municipais evitaram que a curva de retração do varejo fosse mais acentuada. Agrupadas pelo IBGE no segmento de “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos”, as farmácias registraram crescimento de mais de 10% em comparação a abril – em 12 meses, a variação positiva foi de 2,9%. Já quando comparados a maio de 2019, os dados indicam uma queda de 2,6%. Em Minas, o crescimento foi pequeno frente ao mesmo mês de 2019 (0,4%), mas ficou acima da média nacional no acumulado do ano (6,6%).

Além das farmácias, supermercados também apresentaram alta, também em razão da essencialidade do serviço. Para o economista, ainda é cedo para prever qualquer comportamento futuro, tendo em vista a fragilidade observada nas demais bases comparativas e as perspectivas atuais da economia. “A retomada tende ser mais lenta”, conclui.

Comunicação Sincofarma Minas Gerais

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