Heróis brasileiros

Não há dúvida de que o empresário brasileiro é um dos mais criativos do mundo. Empreender mesmo em meio à complexa legislação tributária, burocracia exacerbada e custos operacionais excessivos exige muito de quem se propõe a abrir um negócio.

Virlaine Salomão Staut Avelar, proprietária da Salomão & Staut Drogaria, com 22 anos de mercado e três lojas, credita justamente à criatividade a mola-mestra para superar as dificuldades que envolvem o empreendedorismo no Brasil, sobretudo no ramo de farmácias. “No nosso caso, temos ainda uma concorrência agressiva, sobretudo por parte das grandes redes. Temos que nos sentir sempre incomodados, inquietos para inovar e buscar melhorias.”

Para manter-se competitiva, a empresária tem apostado na diversificação do mix de produtos: nos estabelecimentos, presentes, brinquedos, produtos naturais e suplementos estão dispostos lado a lado com os medicamentos. “O consumidor quer essa comodidade, o máximo de itens em um lugar só”, afirma Virlaine.

A instabilidade política e econômica tem sido contornada com resiliência e otimismo. “As pedras no caminho são muitas, por isso temos que ir aprendendo e inovando sempre. A empresa que se deixa estacionar na zona de conforto está fadada ao fracasso. Temos que nos adaptar rapidamente às mudanças e melhorar sempre.”

TRIBUTAÇÃO: DESAFIO À PARTE

Por se tratar de produtos essenciais, medicamentos guardam peculiaridades no que diz respeito à legislação tributária. “A legislação é diferente da aplicável a outros produtos. Existem isenções específicas, alguns medicamentos são tributados na compra, outros na venda. A maneira de calcular o imposto é, portanto, uma dificuldade a mais que o dono de farmácia enfrenta”, explica Nízio José de Oliveira Júnior, contador do Canal Farma, que recomenda a contratação de empresa especializada para lidar com o assunto.

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